Curso de Trabalho em Altura do Senar forma mais de 150 pessoas em Nova Ponte - 04/03/2016
A demanda do curso de Trabalho em Altura surgiu no começo deste ano, a pedido de empresas do município que passaram por fiscalização do Ministério do Trabalho, na qual os fiscais exigiram a cumprimento da NR-35. A norma publicada em 2012 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Determina a NR-35 que a capacitação é obrigatória a todas as pessoas com mais de 18 anos, que desempenhem qualquer atividade executada acima de dois metros de altura do nível inferior, onde haja risco de queda.
No setor rural, profissionais que trabalham na manutenção de máquinas e silos, soldadores, caldeireiros, na poda de árvores e outras funções exercidas acima dessa altura precisam ser capacitados em Trabalho em Altura, pois os fiscais do Ministério exigem o certificado.
“Em Nova Ponte o fator imprescindível foi a credibilidade dos cursos do Senar Minas e o valor que eles têm diante do Ministério do Trabalho. Portanto, isso foi fundamental para que as empresas da cidade procurassem o serviço por meio do Sindicato Rural para fechar a parceria”, explica a mobilizadora Ana Júlia de Britto.
Ainda segundo ela, já foram capacitados 157 pessoas e a tendência é aumentar. “Quase todas as funções dentro de uma usina, por exemplo, são obrigadas a ter esse certificado. O bom é que o curso é de oito horas, prático, e muito dinâmico, e os participantes percebem o quanto ele é importante. Estamos mudando a vida de muita gente e isso nos deixa felizes”.
Segurança é fundamental
O instrutor do curso, Marcos Franco, explica que, muitas vezes, os funcionários até utilizam os EPIs (equipamentos de proteção individual), mas nem sempre dentro das diretrizes técnicas. “Nos cursos as pessoas ficam surpresas porque percebem que depende do comportamento de cada um evitar acidentes. Para isso, elas precisam colocar em prática, de forma correta, o que aprenderam”.
Marcos explicou também que, dos 30% de acidentes ocorridos dentro das empresas brasileiras em 2015, 90% foram devido a quedas. Destes, 5% das pessoas sobrevivem e 5% ficaram com algum tipo de sequela.
“A principal dica é que todo trabalhador em altura tem que ter o comportamento de segurança. Ele precisa compreender que é importante analisar os riscos, que tipo de equipamento deve ser usado para cada trabalho em altura, qual é a equipe de trabalho dele, as condições de meio ambiente e a seleção e conservação do equipamento. Só o colaborador pode garantir a qualidade e segurança de sua função”.
O curso que ainda fala de noções básicas e técnicas de resgate e segurança de trabalho modifica o modo de pensar e agir dos funcionários.
“Eu trabalho há 15 anos com trabalho altura e posso garantir que me tornei um profissional melhor. Esse é um curso muito bom. Eu fazia muita coisa equivocada que podia prejudicar a saúde e até levar a óbito, agora aprendemos a usar os EPIs certos de maneira correta”, afirma Washington Luiz Santiago, Líder de Manutenção.
Já para Risiomar Pires mecânico industrial, o aprendizado foi grande.
“O curso inteiro foi muito interessante, tudo me chamou atenção porque o que eu vi no curso eu não tinha conhecimento. Eu faço serviços em altura e aprender mesmo foi aqui. Com toda certeza os EPIs certos salvam vidas e isso vai fazer a diferença na minha vida!”